sábado, 19 de novembro de 2011

Resenha: Além do Planeta Silencioso



Livro: Além do Planeta Silencioso - Trilogia Cósmica

Titulo Original: Out of the Silent Planet

Ano: 2010

Autor: C.S. Lewis

Editora: WMF Martins Fontes

Paginas: 220



Um malvado cientista chamado Weston  sequestra o insigne doutor Ransom, um filólogo (Talvez uma homenagem a seu amigo J.R.R. Tolkien que exercia a profissão), e o envia, contra a sua vontade, para o planeta vermelho de Malacandra como uma oferta de sacrifício. Ali Ransom consegue escapar de seus captores e descobre que se encontra em Marte, um mundo povoado por seres inocentes e sem pecado, que vivem em harmonia com o resto dos mundos do Campo da Árvore, o sistema solar, amparados pela benéfica influência do Criador, Maleldil e que nunca conheceram a maldade do oyarsa rebelde que vive em Thulcandra, a Terra, o planeta silencioso e isolado que não fala o idioma da Árvore. Escrito em 1938, Além do Planeta Silencioso é o primeiro volume da Trilogia Cósmica do escritor inglês C.S. Lewis, mesmo autor de As Crônicas de Narnia.

Li todos os livros das Crônicas de Narnia e por isso passei a gostar muito do escritor C.S. Lewis, mais mesmo assim fiquei desconfiado de Além do Planeta Silencioso. Primeiro que se trata de um livro voltado para pessoas mais velhas, e segundo por se tratar de ficção e não fantasia, apesar das semelhanças ambas são bem diferentes.

Mais como sempre Lewis não decepciona, as ideias apresentadas na história são bem interessantes. Por exemplo, a nave que os leva até Malacandra, tem uma forma circular e funciona como um mini-planeta com o centro oco. E quando finalmente chegam em Malacandra descobrimos que o planeta tem mais de uma espécie racional, e que vivem em constante harmonia uns com os outros. O planeta possui uma aparência que lembra o fundo do mar, com muitas cores que geralmente não encontramos na natureza terrestre, nesse caso o autor não economiza palavras para criar a imagem que deseja passar.

As três espécies racionais do planeta são os Hrossa, os Sorns e os Pififiltrigi, cada um com uma característica especifica das quais nos identificamos. Os Hrossa são bons com as artes, filosofia, e entretenimento tanto que o idioma universal usado é o deles, aparentemente são as criaturas mais simpáticas e receptivas. Os Sorns já fazem o tipo intelectual e se apresentam como seres muito bem instruídos, apesar de inteligentes aparentam deixar de lado os sentimentos, e possuem uma vida solitária. Por ultimo os Pififiltrigi, que gostam de construir coisas e a maioria dos objetos que tem uma ornamentação mais complexa é feito por eles. Assim cada espécie possui a sua função e seu lugar sem interferir com os outros.

Durante o livro percebemos como o personagem de certa forma passa a se sentir constrangido com algumas coisas de seu próprio mundo, em relação aquele no qual se encontrava. Um mundo com três espécies diferentes e racionais vivendo em paz, enquanto no planeta silencioso (Terra), acontecia infinitas guerras com apenas uma espécie dominante.

Um livro repleto de conteúdos filosóficos e teológicos, e ao mesmo tempo uma fantástica narrativa de Ficção Cientifica. C.S. Lewis consegue inserir tudo o que deseja dizer sem dar um sermão no leitor, realmente vale a pena conferir.


TRECHO:

"Quanto à primeira pergunta, Oyarsa, vim aqui porque fui trazido à força. Dos outros dois, um não se interessa por mais nada a não ser sangue do sol, pois em nosso mundo pode trocá-lo por muito poder e muitos prazeres."

Abner (FelixGray)






As Crônicas de Gelo e Fogo
segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Carrie, A Estranha


Livro: Carrie, A Estranha


Título Original: Carrie


Ano: 1974


Autor: Stephen King (A Torre Negra)


Editora: Objetiva


Páginas: 140






Carrietta White é uma garota estranha, sem amigos, atrapalhada e a mercê da mãe, Margaret White, uma beata lunática. Nas primeiras páginas Carrie já nos é apresentada em uma situação desagradável, sua primeira menstruação, em público no vestiário feminino, causando uma série de agressões morais por parte de suas outras colegas de turma, ação essa que desperta em Carrie, o seu dom da telecinésia.

A pressão causada pelo bullying que sofre na escola somado ao fanatismo religioso da mãe que a culpa de ser fruto do diabo e a evolução de seu poder mental desenfreado, leva a história a irromper em um final trágico causando mortes e destruição. O livro, dividido em três partes: Brincando com Sangue, A Noite do Baile e Os Escombros é narrado em forma de documentário mostrando trechos de estudos e livros sobre o, mais tarde denominado, Caso Carrie, além de relatos dos sobreviventes, o que torna a leitura dinâmica, onde mesmo sem fatores surpresa, quer-se saber o desfecho do livro. 

Carrie, A Estranha é o primeiro romance de Stephen King, que curiosamente havia desistido do mesmo tendo jogado os esboços do texto no lixo, sua esposa que o encorajou a continuar escrevendo Carrie, que mais tarde (1976) ganhou uma versão cinematográfica, dirigida por Brian De Palma (Scarface). Para os que já viram o longa, ler o livro é uma experiência interessante.

TRECHO: 

"Ela ficou ali sentada, olhando para as pessoas, que riam cada vez mais alto. Já se dobravam de tanto rir, segurando a barriga e apontando para ela. Tommy era o único que não olhava para ela. Meio largado na cadeira, era como se estivesse dormindo. Mas não se via que estava ferido; estava muito sujo de sangue."


NOTA 4/5


THE G. ARROGANCE

As Crônicas de Gelo e Fogo

Mentiras do Rio



Livro: Mentiras do Rio


Ano: 2009


Autor: Sergio Leo


Editora: Record


Páginas: 144










Mentiras do Rio é um livro de contos, vencedor do Prêmio SESC de Literatura de 2008. Seu autor, o carioca Sergio Leo, é repórter e colunista do jornal Valor Econômico e leva o leitor a passear pelas mais conhecidas paisagens do Rio de Janeiro, tais como a Barra da Tijuca, Leblon e Copacabana em 12 contos que abordam com  um ar um tanto irônico e crítico os aspectos de comportamento do ser humano. 

Em Monólogo do Flanelinha, cabe ao leitor julgar as ações do protagonista ao cometer um crime, em Mademoiselle Souvestre e o Dono do Aterro (um dos melhores contos do livro), situações cômicas surgem do encontro dessas duas personagens. No conto Uma Janela na Zona Norte, nota-se a solidão e sensibilização do ser humano e em Não Dá Para Voltar ao Rio, suas eternas dúvidas e ressentimentos.

Enfim, uma leitura agradável para quem gosta de compilações do gênero.

TRECHO: 

"Dentro do carro, quem sabe, estará mais protegida; se ele tentar abrir a porta por um lado, ela sai correndo pelo outro. Talvez ele, drogado, não consiga alcançá-la. Talvez as drogas lhe deem velocidade. Ele não parece armado. Não parece fraco, porém. Mesmo que parecesse. Dizem que as drogas dão força sobre-humana às pessoas. Por que não tomou um táxi, pergunta-se, à toa."

Mademoiselle Souvestre e o Dono do Aterro


NOTA 3/5


THE G. ARROGANCE


As Crônicas de Gelo e Fogo
quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Resenha: A menina que não sabia ler


Livro: A menina que não sabia ler

Titulo Original: Florence and Giles

Autor: Harding, John

Editora: Leya Brasil

Paginas: 288




O interessante nesse livro é que só seu titulo, por lembrar muito “A menina que roubava livros”, um grande Best-seller, chamou a atenção de muita gente. E talvez tenha sido essa a intenção, pois seu titulo original é “Florence and Giles”. Após terminar a leitura percebemos que no começo tivemos a impressão errada sobre o livro. 

Órfã de pai e mãe, Florence vive em uma decadente mansão Blithe House na Nova Inglaterra de 1891, junto de seu irmão mais novo Giles, há quem dedica sua atenção e cuidado. Negligenciados pelo tio, um homem que nunca conheceram e que ditava as regras através de cartas, uma das qual Florence seria proibida de aprender a ler. Assim eles tinham longos dias correndo e brincando pela mansão, só supervisionados pelos poucos criados da casa. Estabelece-se uma rotina realmente monótona no livro até que um dia a menina acaba encontrando a biblioteca, e sua curiosidade se torna tão grande em relação ao significado daqueles símbolos misteriosos que ela decide desobedecer á seu tio, e aprende a ler com seu próprio esforço. 

As coisas mudam quando chega à hora de Giles ir para uma escola, por não se adaptar bem entre os colegas durante o ano letivo, foi aconselhado que fosse melhor o garoto ter aulas em casa. Após a morte violenta da primeira preceptora de Giles, sua substituta chega e com ela estranhos acontecimentos. Florence começa a suspeitar que essa mulher deseja levar seu irmão, e também se sente ameaçada por causa do seu segredo. Assim a jovem decide desvendar todo o mistério das pessoas que há cercam. 

A história é toda narrada por Florence então não sabemos até onde os acontecimentos são verdadeiros, e a partir de onde fazem parte da imaginação de uma garota que lê demais. O clima do livro que parecia leve fica mais tenebroso e o leitor se sente confuso, afinal Florence tem razão ou está ficando paranóica? Ao mesmo tempo em que passamos a suspeitar das motivações de Florence, também não conseguimos confiar na preceptora que se mostra sempre suspeita. Diante disso só nos resta ler ansiosamente até o final, isso torna “A menina que não sabia ler”, um livro para se ler de um fôlego só. 

Não existe definição melhor para esse livro, um romance gótico ao estilo de Edgar Allan Poe e Hennry James. Realmente vale a pena ler...

TRECHO:

Blithe tem dois corações, um quente, um frio; um iluminado, outro sombrio mesmo no dia mais ensolarado [...]. O coração frio (mas não para mim! Ah, não para mim!) bate no outro lado da casa. Mal-amada e esquecida, exceto por mim, a biblioteca...” 

Abner (FelixGray)

As Crônicas de Gelo e Fogo
segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Dia do Curinga


Livro: O Dia do Curinga


Titulo Original: Kabalmysteriet


Autor: Jostein Gaarder (O Mundo de Sofia)


Editora: Cia. das Letras


Páginas: 378




Logo no início do livro nos é apresentado a história do protagonista Hans-Thomas, um garoto cuja mãe viajou a Grécia a procura de "si mesma" e o deixou com seu pai, um ex-marujo, dado ao álcool e a colecionar curingas. Ambos estão indo a Grécia, na tentativa de trazer a sua mãe de volta.

É nessa viagem que a aventura se desenrola, inicialmente quando Hans-Thomas recebe de um anão na beira da estrada uma pequena lupa, que segundo o anão lhe seria muito útil dali a frente. Em sua primeira parada, em um vilarejo nas montanhas, Hans-Thomas conhece o padeiro Ludwig, com quem inicia certa amizade e antes de sua partida, recebe de Ludwig alguns pãezinhos, onde dentro de um deles, encontra-se um minúsculo livro que conta uma história de muitas gerações anteriores. Com a ajuda da lupa que havia recebido do anão, Hans-Thomas inicia uma outra aventura.

O livrinho narra a história de Hans, um marujo que acaba naufragando em uma ilha desconhecida. Dentro da ilha tudo é anormal aos seus olhos, animais diferentes, insetos gigantes e frutos e árvores desconhecidos. Lá Hans encontra anões, 53 no total, divididos em números e naipes, desempenhando funções e vivendo como uma verdadeira comunidade. Hans acha a situação toda muita confusa até que consegue se encontrar com Frode, outro marujo náufrago que havia chegado ali há mais de cinquenta anos e que, segundo ele, teria criado os anões que lá vivem...

A partir daí o livro transita entre a presente viagem de Hans-Thomas e a história passada por gerações do livrinho que tem algo em comum com a própria história do garoto. 

O Dia do Curinga levanta muitas questões filosóficas do gênero "quem somos" e "porque estamos aqui", de forma muito simbólica. Quem leu O Mundo de Sofia sabe que é típico do autor entrar em diversas narrativas dentro da mesma mas a genialidade do autor é tamanha que o livro acaba lhe prendendo, de tal forma, que ao ver as ultimas páginas a chegar inicia-se uma inquietação. No decorrer da história é ainda possível notar a evolução da protagonista e aprender um pouco mais sobre a Grécia.


TRECHO:

"Com o passar do tempo, comecei a atribuir a cada carta diferentes características. Eu não as via como simples cartas de baralho, mas como cinquenta e dois indivíduos de quatro famílias diferentes [...]. Era como se, a cada carta que tirava, eu libertasse da prisão  de uma garrafa um gênio 
enfeitiçado."




NOTA 5/5


THE G. ARROGANCE

As Crônicas de Gelo e Fogo
quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Resenha: O Rei de Ferro



Livro: O Rei de Ferro - série Os Reis Malditos

Autor: Maurice Druon

Editora: Bertrand Brasil

Paginas: 266



"O Rei de Ferro" é o primeiro de uma série composta por sete volumes "Os Reis Malditos", é o mais célebre afresco histórico de um período do século XIV, que começa com o reinado de Felipe IV. Escrita por Maurice Druon, a série foi traduzida no mundo inteiro e alcançou um sucesso excepcional, é considerada o modelo contemporâneo de romance histórico, e um dos maiores sucessos no gênero desde Alexandre Dumas.

No inicio do século XIV "Felipe o Belo" por sua beleza lendária, o "Rei de Ferro" pelo carácter rígido e justo, governa a França  com poder absoluto. Um rei já muito poderoso e em ascensão, sua descendência era assegurada por seus três filhos, Luiz de Navarra, Felipe de Poitiers e Carlos de França. E sua filha Isabelle, casada com o rei Eduardo II da Inglaterra. Por ser o inicio da série pode ser meio confuso, afinal é apresentado vários personagens e ocorre de as vezes possuírem o mesmo nome(Felipe o Belo, e seu filho Felipe de Poitiers), por isso foi necessário fazer uma pequena ficha para saber e lembrar quem era quem na História.

Como diz o próprio livro o reino era grande e o povo infeliz, além disso os cofres do estado estavam vazios. Precisando de dinheiro o Rei que já tinha muitos problemas com os templários, decidi junto de Guilherme de Nogaret atacar Jacques de Molay o líder da Ordem, e assim se apossar de todo o tesouro da cavalaria que havia enriquecido durante as cruzadas. Assim tem inicio um processo que dura 10 anos e que termina com a condenação à morte na fogueira de Jacques de Molay, que em seus últimos momentos de vida lança uma maldição contra o Rei e as pessoas que o condenaram até a 13 geração, inicia-se então na França uma era amaldiçoada.

Entre tantas conspirações e interesses o conflito em destaque é a disputa de Mahaut e seu sobrinho Robert pelo Condado de Artois, eles iriam explorar cada fraqueza e conflito aleio em seu próprio proveito para ganhara batalha. Mais existem outros personagens muito bem escritos como o Banqueiro Tolomei, que percebendo a possibilidade do rei querer explorar também os Lombardos assim como havia feito com a Ordem do templo, arruma logo uma estratégia para salvar o dinheiro da companhia. Guccio, seu sobrinho também é um personagem que chama atenção, as partes em que ele aparece da um frescor na obra pois tem aquele ar de romance e aventura. Ele serve de mensageiro por varias vezes, e acaba se apaixonando por uma jovem da nobreza, que dificilmente terá permissão de se casar com ele apesar da família estar devendo seu Tio.

 Maurice consegue mostrar um quadro geral tão bem explicado que é possível entender como cada decisão ou fato influência a massa da população, mostra tanto a beleza quanto a podridão das pessoas da época. O livro tem uma linguagem agradável e direta, e a abordagem do tema é tão bem feita que não existe complicações na hora de entender alguns acontecimentos. Vemos o dia a dia na era medieval de uma forma mais exata, e por ser um romance histórico durante os capítulos é possível verificar as referencias, onde existem explicações  sobre algo que possa causar alguma duvida. Recomendo muito esse livro, estou lendo os outros da série e logo posto sobre o que achei deles, mais como sempre digo: "Só lendo pra saber do que estou falando".
______________________________________________________

Já que está todo mundo escrevendo algo antes da resenha, la vou eu escrevendo depois. Quero agradecer aos meus dois colaboradores, (Jo Mesquita) e ao Ivan (The G. Arrogance), pelo apoio e ajuda. Abraços e espero a próxima postagem de vocês. =D
As Crônicas de Gelo e Fogo
segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Livreiro do Alemão


Antes do post, uma introdução.

Pela primeira vez começo a colaborar em um blog, mas mesmo tendo um certo preconceito com o mesmo, o legal aqui é poder falar sobre um de meus hobbies, a leitura. E sendo apenas UM de meus hobbies, não me dedico somente a leitura como também ao cinema, teatro e eventos (quem sabe algum projeto futuro sobre algum desses temas não surja também?) portanto talvez eu não apareça com muita assiduidade por aqui. Postarei sobre livros que leio e li, sobre quadrinhos (que TAMBÉM são livros) e, como sou um pouco crítico e este é um país de pensamento livre, minhas supostas resenhas devem ser curtas e diretas (leia-se grossas) e darei notas  (os Sherlocks no fim do post) aos livros, porque não? Enfim, ao post.


___________________________________________________________


Livro: O Livreiro do Alemão


Autor: Otávio Júnior 


Editora: Panda Books


Páginas: 79









Otávio Júnior, nascido e crescido em um dos complexos nos morros do Rio de Janeiro, é fundador do projeto Ler é 10, que incentiva a leitura à população em várias favelas no Rio de Janeiro. Em seu primeiro livro, de leitura extremamente rápida, Otávio narra toda a sua trajetória, desde que quando achou seu primeiro livro Don Gatón no lixo e sua paixão pela leitura surgia, até quando  resolveu participar do Caldeirão do Huck e recebeu o prêmio de 10 mil reais investido entre outras coisas em seu projeto que mais tarde lhe havia rendido o apelido de Livreiro do Alemão. Hoje, Otávio Júnior já recebeu diversas homenagens e um prêmio do jornal O Globo na categoria Faz Diferença.

A leitura não é massante, e apesar de algumas "viagens" do autor em certos pontos, o livro é bem escrito. 

Trecho:  

"Certo dia cheguei à rua de casa e chamei as crianças para ouvir as histórias. Os adultos estranharam, mas se aproximaram para entender o que estava acontecendo ali. Nesse dia eu pensei: "Vou criar um projeto de leitura na favela!"."


NOTA 2/5
THE G. ARROGANCE



As Crônicas de Gelo e Fogo
quinta-feira, 1 de setembro de 2011

História Sem Fim

Leitura é muito mais do que simples letras compreendidas pela mente humana. É uma Arte, que vai além da fisica, da psciologia: é FANTASTICO.
Fantasia, terror, ficcção, policial, drama, não importa o tema ler é sobre tudo conhecer, viajar. E viajar é também experimentar...

Com muita honra começo a participar deste blog ao lado de um amigo (Grande Leitor), que sei que sabe o poder que tem as palavra. Ler trasforma, ensina, modifica. Quem lê, pensa melhor, age melhor e por conseguinete é mais feliz. Porque mais feliz? Porque você pode imaginar, você pode viajar na onda da Imaginação, sair de seu mundo e conhecer outros mundos, sem precisar se mexer.

Infelizmente essa rede, na qual escrevo faz-nos crer que é possivel viajar estando na frente do PC. Contudo a experiencia que a leitura traz não pode ser comparada a uma foto vista na tela do Computador. Não é possivel sentir as emoções de quem as viu, se ele não a descrever. No entanto se esta (rede) for bem aproveitada ela pode mesmo atraves de um Livro em PDF te trazer um pouco do mundo "magico" da leitura. Nada, entretanto, substitui o cheiro de paginas amareladas. O Mofo do livro velho, a textura de uma capa de 1970, ou ainda o companheiro pra qualquer viagem: o Livro!

Ah, o Livro... O que falar sobre o livro? Farei melhor vou falar de um livro em especial, um que compartilha com ávidos leitores como nós ou como vc que esta lendo, a mesma ideia. Falemos da História Sem Fim





Escrito pelo Alemão Michel Ende, publicado inicialmente em 1979, tornou-se um Clássico no genêro infanto-juvenil.

O livro narra a historia de Bastian Baltasar Bux ("Com Três B's" - Como Diz o Sr Koreander), um garoto Orfão de mãe, que se ente fraco e inofensivo, sempre perseguido por um bando de garotos da Escola, um alvo perfeito para o conhecido atualmente Bullyng. O Livro começa com ele correndo desses garotos que querem 'tomar' seu lanche e certamente dar-lhe uma surra.


Na fulga, Bastian, entra em uma livraria antiga e lá conhece o Sr Koreander, um Sr rabugento e ávido leitor, que o critica dos pés a cabeça. O Velho, esta a ler um livro, com o mesmo titulo da história. O Livro desperta em bastian, o que qualquer "boa capa" é capaz de despertar em nós, e nisso certo estou de que meu amigo (Grande Leitor), FelixGray há de concordar: desperta a Curiosidade, caracteristica basica de qualquer leitor. Despertado o interesse, algo magico começa a preencher o lugar, e o Garoto impulsonado por esta força rouba o livro e foge para escola, se escondendo no sotão da mesma, onde ninguém poderia encontrá-lo.

Logo de inicio nos identificamos com Bastian, que é o grande Descobridor. O autor mexe finalmente com todo o nosso imaginário levando-nos através dos olhos de Bastian, pelo livro de ficcção que ele lê. Assim como bastian se sente 'atraído' por todo o enrendo, Ende vai nos envolvendo com o mundo de Bastian e paralelamente ao de Atreiú, o personagem do livro que esta sendo lido. Bastian, cada vez mais sente a emoção das aventuras que Atreiú precisa percorrer para salvar a princesa de seu mundo.

Analogias, simbolos e muita FANTASIA estarão envolvidas nesta história. O que mais me chamou atenção no inicio do livro é como Michael consegue nos trazer para o mundo da Leitura. Ele se utiliza de um reino Fantastico cuja o nome é justamente Fantasia e faz-nos crer que este reino é de fato o lugar onde TODAS as obras de ficção, escritas ou não, estão. Existem seres de todos os contos possiveis, e com o correr da histórias conhecemos lugares análagos a nossas proprias vidas. Embora seja um clássico infanto-juvenil, é preciso fazer uma releitura depois de certa fase adulta, para que possamo relembrar o poder que a imaginação tem. Existem muitos sinais, que iluminam e ofuscam nosso caminho no decorrer da Aventura, faz com que mergulhemos de cabeça num labirinto de pensamentos e sentimentos e acreditemos que tudo aquilo quanto se lê é possivel.

Mesmo o leitor mais detalhista e exigente se envolve no livro. Uma vez que este seja enfeitado por detalhes como os inicios de cada capitulo começando com uma letra do Alfabeto e em ordem crescente (A-Z). Figuras são bem vindas na obra com detalhes simples e reveladores.

Bastian por fim vai nos levar para o mundo o qual ele mesmo gostaria de estar, e finalmente nós começamos a correr no mundo de Fantasia, e em uma viagem frenetica, onde certamente iremos combater junto dele nosso pior inimigo: nós mesmo.
O Livro vai, como os bons livros devem fazer, além de simples palavras impressas em folhas: Vai nos mostrando caminhos para nós mesmo. Certamente é um livro que eu indico, e o final dele é concerteza perfeito e não poderia ser melhor.

Posteriormente o livro ganhou uma versão (ouso dizer, ridicula) para o cinema, que apesar de seguir uma linha de raciocinio muito parecida com o livro (no inicio), seu fim é exatamente no meio do livro. ganhou ainda mais duas continuações (tão ruins quanto o primeiro), que deturpa toda a obra de Michael Ende, e não demonstra todos aqueles sinais "que iluminam e ao mesmo tempo ofuscam". Ainda assim é sempre bom conferir.

Bom, pessoal esta foi minha primeira postagem, e realmente eu queria começar com chave de Ouro, nenhum livro pode descrever tão bem a arte de Ler como este que vos indico. Façam excelente leitura!

Jo Meskita




As Crônicas de Gelo e Fogo
terça-feira, 30 de agosto de 2011

Por um Simples Pedaço de Cerâmica




Livro: Por um Simples Pedaço de Cerâmica

Autor: Linda Sue Park

Editora: Martins Fontes WMF

Paginas: 168



É uma obra escrita pela autora norte-americana Linda Sue Park, que foi o vencedor da NewBery Medal (Principal prêmio de literatura infanto-juvenil dos Estados Unidos). Talvez seja mais conhecida no momento pelo “Alerta de Tempestade”, nono livro da série “The 39 Clues”, que se passa no Caribe. Linda nasceu na década de 1960 e tem descendência sul-coreana, hoje tem dois filhos e vive em Chicago, Illinois (EUA).

A história se passa em uma pequena aldeia na costa oeste da Coréia, na segunda metade do século XII. Ch’ul’p’o é uma aldeia de ceramistas, famosa pelos delicados jarros celadon, e Min é o melhor Artesão de Ch’ul’p’o apesar de perder a calma com facilidade.  É nesse ambiente que nos é apresentado o órfão Orelha-de-Pau e seu amigo o Homem-Garça, ambos moradores de rua. Ao contrário do que podemos supor sobre eles, os dois amigos não roubavam, preferiam pegar restos de comida e fabricar alguns de seus próprios utensílios.

Orelha-de-Pau em seu tempo livre gostava de ficar observando Min, e sonhava em um dia se tornar um famoso ceramista.  Até que certa vez na ausência do ceramista, o garoto decide observar algumas das peças de perto, mais é surpreendido por Min e acaba quebrando um dos objetos. Orelha-de-Pau acaba tendo de trabalhar para poder pagar a cerâmica que havia quebrado. Na verdade aquele castigo lhe deixava animado, pois agora existia a chance dele aprender a ser um ceramista de primeira, e o jovem faria de tudo para que seu sonho fosse realizado. Mais esse oficio era passado de pai para filho, Min havia perdido seu único filho e não estava disposto a passar o que sabia ao primeiro órfão que fosse surgindo na sua frente.

Mais o marcante na história é quando Orelha-de-Pau mesmo não aprendendo o que gostaria se oferece para fazer uma viagem e levar a fina cerâmica até o emissário Kim. Com tão preciosa carga o jovem faz uma longa e perigosa jornada que se for bem sucedida pode mudar tanto e vida dele quanto a de seu mestre. Também é nesse ponto que nós entendemos melhor o significado do titulo, pois o jovem aspirante a aprendiz de ceramista vai encontrar alguns obstáculos bem complicados a frente que podem acabar com o seu objetivo e seu animo.

Confesso que de inicio esse livro não me atraiu muito, mais a simplicidade dele era tão apelativa que decidi pegar, e não me arrependi. A história é bem consistente beirando romance histórico para jovens, em um estilo simples, personagens cativantes e um final que não devo estragar falando demais aqui. A capa apesar de simples é bonita e tem ligação direta com a história, em relação ao texto não se tem do que reclamar, muito leve e explicativo. Inclusive possui também um conjunto de referencias que explicam algumas expressões e costumes daquele lugar e daquela época. Só lendo e tirando suas próprias conclusões para entender do que estou falando, então boa leitura para vocês.

As Crônicas de Gelo e Fogo
segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Seja Bem Vindo

Seja bem vindo ao "Diários de Watson", que se trata de um espaço onde serão postados textos sobre diversos assuntos de acordo com a minha vontade e estabilidade mental (rs). Mais o foco principal será sobre a arte da história como meio de entretenimento, livros e filmes.

O nome "Diários de Watson" foi escolhido para homenagear a obra do escritor Sir Arthur Conan Doyle, criador do grande detetive Sherlock Holmes, e de seu cronista Dr. John H. Watson. Esse nome seria uma referencia ao fato de sempre estar registrando opiniões e histórias, e não pretende ser um diário da minha vida pessoal.Confesso que estou ansioso mais espero que meus textos estejam a uma altura aceitável para quem for ler. Por enquanto é só e até a próxima postagem...
As Crônicas de Gelo e Fogo

Popular Posts

Seguidores

Estou lendo...

Tecnologia do Blogger.