segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Dia do Curinga


Livro: O Dia do Curinga


Titulo Original: Kabalmysteriet


Autor: Jostein Gaarder (O Mundo de Sofia)


Editora: Cia. das Letras


Páginas: 378




Logo no início do livro nos é apresentado a história do protagonista Hans-Thomas, um garoto cuja mãe viajou a Grécia a procura de "si mesma" e o deixou com seu pai, um ex-marujo, dado ao álcool e a colecionar curingas. Ambos estão indo a Grécia, na tentativa de trazer a sua mãe de volta.

É nessa viagem que a aventura se desenrola, inicialmente quando Hans-Thomas recebe de um anão na beira da estrada uma pequena lupa, que segundo o anão lhe seria muito útil dali a frente. Em sua primeira parada, em um vilarejo nas montanhas, Hans-Thomas conhece o padeiro Ludwig, com quem inicia certa amizade e antes de sua partida, recebe de Ludwig alguns pãezinhos, onde dentro de um deles, encontra-se um minúsculo livro que conta uma história de muitas gerações anteriores. Com a ajuda da lupa que havia recebido do anão, Hans-Thomas inicia uma outra aventura.

O livrinho narra a história de Hans, um marujo que acaba naufragando em uma ilha desconhecida. Dentro da ilha tudo é anormal aos seus olhos, animais diferentes, insetos gigantes e frutos e árvores desconhecidos. Lá Hans encontra anões, 53 no total, divididos em números e naipes, desempenhando funções e vivendo como uma verdadeira comunidade. Hans acha a situação toda muita confusa até que consegue se encontrar com Frode, outro marujo náufrago que havia chegado ali há mais de cinquenta anos e que, segundo ele, teria criado os anões que lá vivem...

A partir daí o livro transita entre a presente viagem de Hans-Thomas e a história passada por gerações do livrinho que tem algo em comum com a própria história do garoto. 

O Dia do Curinga levanta muitas questões filosóficas do gênero "quem somos" e "porque estamos aqui", de forma muito simbólica. Quem leu O Mundo de Sofia sabe que é típico do autor entrar em diversas narrativas dentro da mesma mas a genialidade do autor é tamanha que o livro acaba lhe prendendo, de tal forma, que ao ver as ultimas páginas a chegar inicia-se uma inquietação. No decorrer da história é ainda possível notar a evolução da protagonista e aprender um pouco mais sobre a Grécia.


TRECHO:

"Com o passar do tempo, comecei a atribuir a cada carta diferentes características. Eu não as via como simples cartas de baralho, mas como cinquenta e dois indivíduos de quatro famílias diferentes [...]. Era como se, a cada carta que tirava, eu libertasse da prisão  de uma garrafa um gênio 
enfeitiçado."




NOTA 5/5


THE G. ARROGANCE

As Crônicas de Gelo e Fogo

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