quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Resenha: O Rei de Ferro



Livro: O Rei de Ferro - série Os Reis Malditos

Autor: Maurice Druon

Editora: Bertrand Brasil

Paginas: 266



"O Rei de Ferro" é o primeiro de uma série composta por sete volumes "Os Reis Malditos", é o mais célebre afresco histórico de um período do século XIV, que começa com o reinado de Felipe IV. Escrita por Maurice Druon, a série foi traduzida no mundo inteiro e alcançou um sucesso excepcional, é considerada o modelo contemporâneo de romance histórico, e um dos maiores sucessos no gênero desde Alexandre Dumas.

No inicio do século XIV "Felipe o Belo" por sua beleza lendária, o "Rei de Ferro" pelo carácter rígido e justo, governa a França  com poder absoluto. Um rei já muito poderoso e em ascensão, sua descendência era assegurada por seus três filhos, Luiz de Navarra, Felipe de Poitiers e Carlos de França. E sua filha Isabelle, casada com o rei Eduardo II da Inglaterra. Por ser o inicio da série pode ser meio confuso, afinal é apresentado vários personagens e ocorre de as vezes possuírem o mesmo nome(Felipe o Belo, e seu filho Felipe de Poitiers), por isso foi necessário fazer uma pequena ficha para saber e lembrar quem era quem na História.

Como diz o próprio livro o reino era grande e o povo infeliz, além disso os cofres do estado estavam vazios. Precisando de dinheiro o Rei que já tinha muitos problemas com os templários, decidi junto de Guilherme de Nogaret atacar Jacques de Molay o líder da Ordem, e assim se apossar de todo o tesouro da cavalaria que havia enriquecido durante as cruzadas. Assim tem inicio um processo que dura 10 anos e que termina com a condenação à morte na fogueira de Jacques de Molay, que em seus últimos momentos de vida lança uma maldição contra o Rei e as pessoas que o condenaram até a 13 geração, inicia-se então na França uma era amaldiçoada.

Entre tantas conspirações e interesses o conflito em destaque é a disputa de Mahaut e seu sobrinho Robert pelo Condado de Artois, eles iriam explorar cada fraqueza e conflito aleio em seu próprio proveito para ganhara batalha. Mais existem outros personagens muito bem escritos como o Banqueiro Tolomei, que percebendo a possibilidade do rei querer explorar também os Lombardos assim como havia feito com a Ordem do templo, arruma logo uma estratégia para salvar o dinheiro da companhia. Guccio, seu sobrinho também é um personagem que chama atenção, as partes em que ele aparece da um frescor na obra pois tem aquele ar de romance e aventura. Ele serve de mensageiro por varias vezes, e acaba se apaixonando por uma jovem da nobreza, que dificilmente terá permissão de se casar com ele apesar da família estar devendo seu Tio.

 Maurice consegue mostrar um quadro geral tão bem explicado que é possível entender como cada decisão ou fato influência a massa da população, mostra tanto a beleza quanto a podridão das pessoas da época. O livro tem uma linguagem agradável e direta, e a abordagem do tema é tão bem feita que não existe complicações na hora de entender alguns acontecimentos. Vemos o dia a dia na era medieval de uma forma mais exata, e por ser um romance histórico durante os capítulos é possível verificar as referencias, onde existem explicações  sobre algo que possa causar alguma duvida. Recomendo muito esse livro, estou lendo os outros da série e logo posto sobre o que achei deles, mais como sempre digo: "Só lendo pra saber do que estou falando".
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Já que está todo mundo escrevendo algo antes da resenha, la vou eu escrevendo depois. Quero agradecer aos meus dois colaboradores, (Jo Mesquita) e ao Ivan (The G. Arrogance), pelo apoio e ajuda. Abraços e espero a próxima postagem de vocês. =D
As Crônicas de Gelo e Fogo

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