sábado, 19 de novembro de 2011

Resenha: Além do Planeta Silencioso



Livro: Além do Planeta Silencioso - Trilogia Cósmica

Titulo Original: Out of the Silent Planet

Ano: 2010

Autor: C.S. Lewis

Editora: WMF Martins Fontes

Paginas: 220



Um malvado cientista chamado Weston  sequestra o insigne doutor Ransom, um filólogo (Talvez uma homenagem a seu amigo J.R.R. Tolkien que exercia a profissão), e o envia, contra a sua vontade, para o planeta vermelho de Malacandra como uma oferta de sacrifício. Ali Ransom consegue escapar de seus captores e descobre que se encontra em Marte, um mundo povoado por seres inocentes e sem pecado, que vivem em harmonia com o resto dos mundos do Campo da Árvore, o sistema solar, amparados pela benéfica influência do Criador, Maleldil e que nunca conheceram a maldade do oyarsa rebelde que vive em Thulcandra, a Terra, o planeta silencioso e isolado que não fala o idioma da Árvore. Escrito em 1938, Além do Planeta Silencioso é o primeiro volume da Trilogia Cósmica do escritor inglês C.S. Lewis, mesmo autor de As Crônicas de Narnia.

Li todos os livros das Crônicas de Narnia e por isso passei a gostar muito do escritor C.S. Lewis, mais mesmo assim fiquei desconfiado de Além do Planeta Silencioso. Primeiro que se trata de um livro voltado para pessoas mais velhas, e segundo por se tratar de ficção e não fantasia, apesar das semelhanças ambas são bem diferentes.

Mais como sempre Lewis não decepciona, as ideias apresentadas na história são bem interessantes. Por exemplo, a nave que os leva até Malacandra, tem uma forma circular e funciona como um mini-planeta com o centro oco. E quando finalmente chegam em Malacandra descobrimos que o planeta tem mais de uma espécie racional, e que vivem em constante harmonia uns com os outros. O planeta possui uma aparência que lembra o fundo do mar, com muitas cores que geralmente não encontramos na natureza terrestre, nesse caso o autor não economiza palavras para criar a imagem que deseja passar.

As três espécies racionais do planeta são os Hrossa, os Sorns e os Pififiltrigi, cada um com uma característica especifica das quais nos identificamos. Os Hrossa são bons com as artes, filosofia, e entretenimento tanto que o idioma universal usado é o deles, aparentemente são as criaturas mais simpáticas e receptivas. Os Sorns já fazem o tipo intelectual e se apresentam como seres muito bem instruídos, apesar de inteligentes aparentam deixar de lado os sentimentos, e possuem uma vida solitária. Por ultimo os Pififiltrigi, que gostam de construir coisas e a maioria dos objetos que tem uma ornamentação mais complexa é feito por eles. Assim cada espécie possui a sua função e seu lugar sem interferir com os outros.

Durante o livro percebemos como o personagem de certa forma passa a se sentir constrangido com algumas coisas de seu próprio mundo, em relação aquele no qual se encontrava. Um mundo com três espécies diferentes e racionais vivendo em paz, enquanto no planeta silencioso (Terra), acontecia infinitas guerras com apenas uma espécie dominante.

Um livro repleto de conteúdos filosóficos e teológicos, e ao mesmo tempo uma fantástica narrativa de Ficção Cientifica. C.S. Lewis consegue inserir tudo o que deseja dizer sem dar um sermão no leitor, realmente vale a pena conferir.


TRECHO:

"Quanto à primeira pergunta, Oyarsa, vim aqui porque fui trazido à força. Dos outros dois, um não se interessa por mais nada a não ser sangue do sol, pois em nosso mundo pode trocá-lo por muito poder e muitos prazeres."

Abner (FelixGray)






As Crônicas de Gelo e Fogo

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